sábado, 19 de novembro de 2016

FUNDAMENTALISTAS, EVANGÉLICOS OU CRISTÃOS: O QUE SOMOS?


Recentemente, temos ouvido repetidas vezes e em tom irônico e zombador, alguns políticos referindo-se a nós, os evangélicos, como “fundamentalistas”. Tais declarações me levaram a buscar a origem e o significado desta palavra. Segue a origem e o real significado deste termo e como tem sido utilizado de forma depreciativa:
“É o termo usado para se referir à crença na interpretação literal dos livros sagrados. Fundamentalistas são encontrados entre religiosos diversos e pregam que os dogmas de seus livros sagrados sejam seguidos à risca. O termo surgiu no começo do século 20 nos EUA, quando protestantes determinaram que a fé cristã exigia acreditar em tudo que está escrito na Bíblia. Mas o fundamentalismo só começou a preocupar o mundo em 1979, quando a Revolução Islâmica transformou o Irã num Estado teocrático e obrigou o país a um retrocesso aos olhos do Ocidente: mulheres foram obrigadas a cobrir o rosto e festas, proibidas.
http://super.abril.com.br/historia/o-que-e-fundamentalismo/
“Dá-se o nome de fundamentalismo aos movimentos de caráter religioso, étnico, econômico e político. Este termo foi criado dentro do protestantismo do sul dos Estados Unidos no século XIX e, portanto a princípio veio sob contexto religioso. Em seu contexto inicial, é fundamentalista quem acredita e confia na Bíblia, quem considera a divindade de Jesus Cristo, quem crê no nascimento de Jesus Cristo através de um corpo virgem, quem crê em sua morte e ressurreição a favor da humanidade, quem crê em sua vinda à Terra, quem acredita na criação da Terra em seis dias e na salvação eterna dos cristãos bem como a condenação eterna dos não-cristãos.”
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fil…/fundamentalismo.htm
“O fundamentalismo não está em alta ultimamente, por causa da importância que a imprensa tem dado ao termo para se referir aos fundamentalistas islâmicos. A idéia que se tem de um fundamentalista, é de um fanático, ultrapassado, radical, inflexível e ignorante. Portanto os cristãos professos não gostam se ser enquadrado nesses termos.”
http://solascriptura-tt.org/…/PorQueSouFundamentalista-LAFe…
Após a leitura destes textos, chego à seguinte conclusão:
1. Jamais me envergonharei de ser chamado fundamentalista, se ao usarem este termo, estiverem considerando que creio na Bíblia como verdade absoluta e como Palavra de Deus. Creio na Sua inspiração, na sua importância e na necessidade de crermos em tudo quanto nela está escrito. Durante anos tenho ouvido, estudado, ensinado e pregado seu conteúdo e sou prova de que Ela realmente tem poder para transformar vidas.
2. Entretanto, se o termo é usado para considerar-me fanático, ultrapassado, radical, inflexível e ignorante, devo posicionar-me contrário a esta definição. Não é pelo fato de não concordarmos com as ideias liberais e modernistas (pautadas no relativismo, no secularismo, no humanismo que domina as mentes das pessoas que não temem a Deus e não honram a Sua Palavra) que somos meros fundamentalistas, como se a vida cristã fosse uma vida retrógrada e baseada na ignorância. A interpretação bíblica é, e sempre deve se, aplicada à realidade do mundo que vivemos. Quanto a isso, as igrejas evangélicas têm atentado, sem desobedecer às doutrinas basilares da fé cristã.
3. O evangelho é muito mais do que uma obediência cega aos dogmas e preceitos eclesiásticos. O evangelho é “poder de Deus para aquele que crê”, por isso não nos envergonhamos dele(Rm 1.16). Estranho é que estas acusações e palavras ofensivas surgem num momento de franco crescimento do evangelho de forma tão diferenciada e atual. O evangelho tem atraído vidas, transformado corações, restituído lares. Recentemente, ao término de uma pregação, veio até nós um homem e com seus próprios lábios entregou-se a Cristo dizendo: “demorei a vir, mas hoje é o dia de me encontrar com Jesus”.
Portanto, quanto à Palavra de Deus sou fundamentalista sim! Procuro viver o evangelho e disseminar a Sua Mensagem trazendo vidas a Cristo, conservando os preceitos bíblicos e aplicando-os de modo cauteloso aos nossos dias, sem contradizer a revelação de Deus em Sua Palavra.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

POR QUE ENTENDER A ESCATOLOGIA É TÃO DIFÍCIL?



1.     Porque é necessário conhecer as doutrinas básicas da teologia e da fé cristã. Nos seminários presenciais, a Escatologia é ensinada no terceiro ano de curso, após o aluno ter aprendido sobre Introdução Bíblia, Doutrinas Bíblicas, Teologia Sistemática e outras doutrinas basilares.

2.       Por que é necessário ter um conhecimento geral do conteúdo bíblico, pois esta doutrina está em toda a Bíblia. Desde o Pentateuco, passando pelos Livros Históricos, Poéticos, Proféticos ( principalmente), Evangelhos, Atos, Epístolas, culminando no Apocalipse(que é na sua maior parte escatológico), vemos uma quantidade enorme de textos e passagens bíblicas que tratam deste assunto.

3.       Porque a Escatologia Bíblica está recheada de símbolos, figuras, sombras, tipos e para entendê-los precisamos antes estudar a Hermenêutica Bíblica. 

4.       Porque hoje, com o avanço da informação, é fácil encontrar muitas interpretações errôneas. A pesquisa sobre um assunto na internet pode te induzir a erros graves. É bom lembrar que muitas seitas e heresias surgiram e se baseiam em erros escatológicos. Por exemplo, há seitas que marcaram a Segunda Vinda de Cristo, há seitas que dizem que não seremos arrebatados, há seitas que não acreditam na condenação eterna, e muitos outros exemplos poderia aqui citar.

5.       Porque ao estudar Escatologia Bíblica encontramos a predição de fatos que ainda estão por acontecer, baseado em acontecimentos do passado que apenas serviram de tipo, sombra do que ainda está por vir. Um grande exemplo é a perseguição e o massacre de judeus em várias épocas, que jamais se comparam com o que eles sofrerão na Grande Tribulação, até que Cristo se manifeste em glória e os livre.

6.       Porque deve ser apresentada com sólidos fundamentos bíblicos por quem crê na Inspiração Plenária e Verbal das Sagradas Escrituras e não por pessoa que tenha apenas atitude especulativa quando lê e estuda a Palavra de Deus. É preciso muito mais do que ter conhecimento da doutrina escatológica: é preciso ter fé!

7.       Porque exige de nós atitudes de um estudante arguto e persistente. Para entender Escatologia é preciso LER, COMPARAR, ANALISAR e infelizmente estamos num tempo em que as pessoas querem “TUDO PRONTO”.
Creio que se você chegou até o fim deste texto, é um bom sinal. Pois o que se busca hoje são resumos concisos que não preencha espaço e que não demoremos pra ler.
Seja um estudante dedicado.
Assim, serás forte candidato a entender a Escatologia Bíblica.

terça-feira, 28 de junho de 2016

POR QUE CRESCEM AS SEITAS E HERESIAS?







Quando pesquisamos sobre algumas seitas, tomamos conhecimento de muitos absurdos teológicos, graves erros histórico-geográficos, além dos péssimos exemplos de vida de muitos dos seus fundadores e líderes. O estudante da Bíblia, algumas vezes, fica perplexo indagando-se: será que os adeptos e seguidores não conseguem enxergar tamanhos erros? O que faz com que esses grupos continuem crescendo?
               A resposta a essas perguntas exige análise aprofundada sob vários aspectos relacionados ao surgimento e ao crescimento das seitas. Poderíamos falar do aspecto sociológico (compreendendo as seitas como um fator social), do aspecto filosófico (analisando a forma como seus líderes formulam seus pensamentos e os defendem), do aspecto bíblico (relacionando as seitas às profecias bíblicas), do aspecto espiritual (estudando a influência de Satanás através destes movimentos), do aspecto escatológico (reconhecendo que isto é um sinal dos últimos tempos) e do aspecto eclesiástico (verificando quais as brechas que permitem tal crescimento).
             Dentro do aspecto eclesiástico, queremos destacar de forma sucinta alguns fatores deste crescimento:
1.O excesso de tradicionalismo em detrimento de uma vida cristã genuína. Presos a uma religiosidade fria, formal e sem fundamento sólido, o cristão fica a mercê dos ensinamentos heréticos (Cl 2.8).
2.O mundanismo infiltrado nas igrejas, impedindo os crentes de terem uma experiência pessoal profunda com Deus. É interessante notar que os adeptos das seitas não se importam de serem criticados por seu comportamento radical - o que era normal para o cristão dos primeiros séculos da Igreja. Algumas igrejas, receosas se serem consideradas arcaicas e atrasadas, secularizaram o culto a Deus e cederam ante às pressões deste mundo, fugindo do padrão cristão(Rm 12.1,2)
3.A insatisfação de alguns fiéis diante do não atendimento às principais necessidades do cristão, principalmente em relação à afetividade e às questões sociais. As seitas não abandonam seus novos integrantes, ao contrário, considera-os, e têm grande estima por estes, dando-lhes até ajuda material (Hb 13.16).
4.      Ausência do verdadeiro amor fraternal, abrindo-se brechas para a acepção de pessoas. Isto afeta principalmente o espírito de união e cooperação - tão necessários à perfeita integração de cada membro no corpo de Cristo, que é a Igreja (Rm 12.10).
5.      A procura por novidades e modismos que trazem impactos doutrinários e comportamentais à Igreja. Algumas dessas novidades exploram principalmente o que é puramente visível. Representações e uso de imagens e símbolos com significados duvidosos infiltram-se no seio da Igreja fiel. Seitas como Nova Era, Espiritismo e grande parte das seitas orientais exploram o uso de objetos (Ex 32.4).
6.      Negligência na pregação e no ensino. Enquanto algumas igrejas evangélicas diminuem ou até eliminam os momentos de pregação e ensino bíblico, as seitas dedicam grande parte do tempo de suas reuniões à “orientação bíblica”, formando um exército de pessoas preparadas para desviar da verdade os incautos (II Tm 4.1-5).
7.      Conhecimento bíblico parcial, isolado e superficial. De posse deste tipo de conhecimento, o cristão não compreende as verdades bíblicas plenamente e não tem argumentos para defender-se das heresias. Quantos de nossos irmãos já leram toda a Bíblia? Quantos erros doutrinários surgem devido a essa compreensão parcial das Escrituras e das interpretações particulares do texto sagrado!(cf. II Tm 2.15).
Querido irmão! O cristão precisa estar firmado na Palavra de Deus e não em teorias, filosofias humanas, costumes e regras sem fundamentação bíblica. Devemos ler Bíblia e não apenas falar da Bíblia. Devemos ler livros da Bíblia e não apenas livros que falam da Bíblia. Procure compreender as principais doutrinas bíblicas, principalmente: a Doutrina da Trindade; A Doutrina do Espírito Santo(Paracletologia); a Doutrina da Salvação(Soteriologia); a Doutrina dos Anjos(Angelologia); a Doutrina das Últimas Coisas(Escatologia); a Doutrina Do Homem(Antropologia Bíblica) e do Pecado(Hamartiologia); e Doutrina da Igreja(Eclesiologia). Estas são as mais atacadas e deturpadas pelas seitas e heresias.
Compareça à Escola Dominical de sua Igreja! Leve seus filhos para aprenderem a Palavra de Deus!

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O CONTROVERSO DISCURSO DE PAULO EM ROMANOS 7.14-25




TEXTO
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.
Romanos 7:14-25
INTRODUÇÃO
Esta passagem bíblica é uma das mais incompreendidas da Epístola de Paulo aos Romanos. Infelizmente, temos a prática de isolarmos um texto sagrado (muito comum na leitura homilética, na qual o pregador se detém apenas em um ou alguns versículos para elaborar o seu sermão). Este é um dos erros mais freqüentes na Hermenêutica Bíblica. O presente texto faz parte de um discurso de Paulo que se inicia no primeiro capítulo e culmina no capítulo oito. Sendo assim, Paulo está próximo do clímax de sua mensagem.  Vamos em poucas palavras analisar este conteúdo.

ANALISANDO OS VERSÍCULOS ANTERIORES
Em primeiro lugar, notemos que o Apóstolo está discorrendo sobre a nossa liberdade em relação ao cumprimento da lei. Nos capítulos anteriores, já fora dito que a justificação não tem base nas obras de lei, pois Abraão foi justificado pela fé, antes da circuncisão e antes da lei. Alguns achavam que mesmo assim, o cristão cumpri-la. Entretanto, Paulo argumenta e ilustra através da lei do casamento, que nós estamos mortos para o pecado e para a lei. Veja o versículo 6:  “Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra”. Note que este mesmo “agora” reaparecerá no capítulo 8.1: Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.Ou seja, este “agora” é o tempo presente nas palavras de Paulo e reflete a nova posição que assumimos após justificados por Deus.
Nos versículos seguintes Paulo fala de um tempo passado, no qual ele ainda estava morto, pois ainda estava no pecado. Veja o final dos versículos 8, 9, 10 e 11.
Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado.
E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.
E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.
Romanos 7:8-11
Estava Paulo morto nos pecados “agora”? Ou ele está falando de um tempo passado, referindo-se à humanidade sem salvação? Veja o versículo 13: “Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.”
Sim, o pecado operou a morte, mas “a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” – disse Paulo no capítulo seguinte( Rm 8.2).
A partir do versículo 14 temos o “eu” do apóstolo como o “eu lírico” dos poemas que não pode ser confundido com o autor. Aqui Paulo usa o “eu” para referir-se ao conflito que acontece no interior do homem, mas no capítulo seguinte ele usa o “nós”. Usa os verbos “somos” “sabemos” e termina vigorosamente com as palavras mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores”. O “eu lírico” toma para si o sofrimento e o conflito, mas compartilha com todos os cristãos a sua vitória!
Passemos refletir sobre algumas partes deste texto.

VENDIDO PARA O PECADO
Paulo diz: “eu sou carnal, vendido para o pecado”. Estava Paulo vendido para o pecado? Ousaria alguém a receber orientação e epístola de um homem carnal e vendido para o pecado? Veja o contraste dessa declaração no capítulo seguinte: Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. - Rm 8.15

O QUE EU QUERO ISSO NÃO FAÇO, E ABORREÇO O QUE FAÇO
Em outras palavras, sou levado a fazer o que não quero e o que quero não consigo fazer. Note que Paulo está falando do que ela chama de “lei do pecado” ou “princípio que determina o que devemos fazer  "quando estamos sem a orientação do Espírito. Este argumento cabe a um cristão que já morreu para o pecado, visto que o pecado já não tem domínio sobre ele? Lembre-se dos ensinamentos do Capítulo 6. “não sirvamos mais ao pecado”(6.6)”o pecado não terá domínio sobre vós”(6.14).Logo se alguém está dominado pelo pecado, esse alguém ainda não recebeu a salvação. Veja o contraste no capítulo 8. 14: Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus.

PORQUE NÃO FAÇO O BEM QUE QUERO, MAS O MAL QUE NÃO QUERO ESSE FAÇO
É aceitável que um cristão seja assim? Praticando sempre o mal no lugar do bem?(Tg  3.10-12) Obviamente que não! Alguns usam este versículo para justificar suas fraquezas de caráter, seus vícios e comportamentos indevidos, como se não tivesse controle sobre si e sobre suas emoções, vontades e sentimentos. Mas Paulo mostra no capítulo seguinte que estão são os que andam segundo a carne e não segundo o Espírito. “e estes não podem agradar a Deus”, justamente porque não estão sendo orientados pelo Espírito, que tem no seu fruto um elemento chamado “temperança” ou domínio próprio (Gl 5.22). Portanto, este versículo não pode ser aplicado a um crente regenerado! Veja o contraste em Romanos  8.13: Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

O PECADO HABITA EM MIM
Podemos ter ao mesmo tempo o pecado e o Espírito habitando em nós e nos guiando? Obviamente que não! E por que, mesmo tendo sido regenerado, podemos voltar a pecar? Porque estamos livres do “domínio do pecado”, mas não de sua “presença”. E pelo fato de ainda não termos sido glorificado, a carne guerreará contra o Espírito até o dia da redenção (Gl 5.16,17). Se cedermos às paixões da carne, voltaremos a ser dominados pelo pecado mas “os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões”. Portanto, façamos distinção entre natureza pecaminosa e pecado que nos domina(melhor ainda nos dominava)! Veja o contraste em Romanos 8.11 : “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.”

MISERÁVEL HOMEM QUE SOU, QUEM ME LIVRARÁ DO CORPO DESTA MORTE?
Seria Paulo um homem miserável ou ele usou esta expressão para mostrar que o homem no pecado está num estado miserável e precisa da misericórdia de Deus? Lembre-se se misericórdia é “miseri” “cordis”: a miséria de outrem sentida no coração. Veja o contraste disso em Romanos 8.16,17: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.”
Um herdeiro de Deus não é um miserável! Esta condição na Bíblia sempre se refere a um homem no pecado (Ap 3.17).
O cristão vence a morte e não a teme (Jo 5.24). O homem dominado pelo pecado sim. Este tem porque se preocupar, pois está sob condenação. Mas “nenhuma condenação há para os que não andam segundo a carne mas segundo o Espírito”- Romanos 8.1
Como seria bom se na divisão da Bíblia os versículos finais do Capítulo 7 ficassem unidos aos primeiros versículos do Capítulo 8 ! Vou mostrar os textos unidos:
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.
Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;

O “eu lírico” de Paulo diz; “Quem me livrará?”. O apóstolo responde: “Cristo me livrou da lei do pecado e da MORTE”
CONCLUSÃO
Concluo dizendo que devemos tomar muito cuidado com as interpretações e comentários de textos isolados da Bíblia. A conclusão deste discurso é um dos “hinos” mais cantados da Bíblia, por alguns chamado de “Cântico de Vitória” o qual reproduzo nesta conclusão:
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia;Somos reputados como ovelhas para o matadouro.Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Romanos 8:31-39

sábado, 16 de janeiro de 2016

QUEM PARTICIPARÁ DO ARREBATAMENTO?





A Palavra de Deus nos assegura que Cristo voltará. Esta Segunda Vinda se divide em duas etapas: o Arrebatamento da Igreja e a Revelação de Cristo em Glória. A primeira etapa também é conhecida como Rapto, e acontecerá num dia e hora que não sabemos. Como afirma o Hino Sacro, “é Fiel, Sua Vinda é certa, quando eu não sei”. Diante disso, precisamos saber, segundo a Bíblia, quem participará do Arrebatamento e a que se refere tal condição ou qualidade. 

Vejamos. Participarão do Arrebatamento: 

1.       OS SALVOS, os que foram resgatados pelo sangue de Jesus - Romanos 5.9; Apocalipse 5.9.
CONDIÇÃO PRIMÁRIA PARA SE ALCANÇAR O CÉU.

2.       OS SANTOS, os que se conservam imaculados diante da corrupção e contaminação deste mundo – Ap 22.14; Hb 12.14.
CONDIÇÃO QUE DISTINGUE E SEPARA OS PURIFICADOS DOS CONTAMINADOS PELO PECADO.

3.       OS IRREPREENSÍVEIS, os que mantêm sua integridade em meio aos que vivem dissolutamente – I Ts 5.23; II Pe 3.14.
CONDIÇÃO QUE APONTA PARA O CARÁTER CRISTÃO.

4.       OS OBEDIENTES, os que guardam e praticam a Palavra de Deus – Ap 1.3;3.10.
CONDIÇÃO QUE APONTA PARA NOSSO COMPROMISSO COM A PALAVRA

5.       OS VIGILANTES, os que estão atentos aos fatos e percebe que o dia está chegando – Mateus 25.13; I Ts 5.6.
CONDIÇÃO QUE APONTA A NECESSIDADE DE ESTARMOS SEMPRE ALERTAS.

6.       OS FIÉIS, os que mesmo diante da morte não negam o nome de Cristo – Ap 2.10.
CONDIÇÃO QUE PROVA NOSSA REAL FÉ NO SENHOR E NA SALVAÇÃO POR ELE CONCEDIDA, AINDA QUE SEJAMOS LEVADOS À MORTE.

7.       OS PRUDENTES, os que sempre têm consigo as armas e o sustento para manter-se de pé em meio às dificuldades – Mateus 25.9.
CONDIÇÃO QUE APONTA PARA A NECESSIDADE DE NÃO VACILARMOS E NÃO DESCUIDARMOS COM NOSSO PROCEDER.

8.       OS PACIENTES, os que perseveram até o fim e não desanimam – Tiago 5.7; Mateus 10.22.
CONDIÇÃO QUE PROVA NOSSA CONFIANÇA E ESPERANÇA NAS PROMESSAS, AINDA EU PAREÇAM TARDIAS.
9.       OS PREPARADOS, os que, no momento do arrebatamento, estarão prontos para subir e entrar nos céus– Mateus 22.12; 25.10.
CONDIÇÃO QUE DISTINGUE QUEM PODERÁ ENTRAR NO BANQUETE CELESTIAL.

10.   OS VENCEDORES, os que enfrentam e vencem no dia-a-dia a luta contra a carne, o mundo e o diabo – Ap 2:7,11,17,26; 3.5,12,21.
CONDIÇÃO QUE DISTINGUE OS VITORIOSOS NAS BATALHAS CONTRA OS SEUS INIMIGOS E QUE AGUARDAM A GLORIOSA RECOMPENSA NOS CÉUS!

O Pastor Daniel Rosa Dutra pertence à ADCOL. CONFRADERJ – 3197 ; CGADB - 70877